Chuang Tzu (399 - 295 A.C.) foi um grande filósofo chinês que tinha uma escrita transcendental ao mesmo tempo que estava submergido profundamente dentro da vida cotidiana. Ele está em paz consigo enquanto move-se pelo mundo. Há uma veia funda de misticismo dentro dele que é iluminada pela sua natureza muito racional. As suas parábolas e narrações, ambas acessíveis a compreensão, apontam ao mesmo tempo a assuntos mais profundos.
Chuang Tzu elevou a posição taoísta de Lao Tzu e a desenvolveu, lev ando o pensamento místico e as perspectivas de Lao Tzu a uma transformação transcendental. Ele trouxe uma noção nova e muito interessante para a filosofia chinesa: a transformação do ego, tornando-se natural e simples, como um preceito central no processo taoísta (uma compreensão que também penetrou ao coração do Tai Chi Chuan). Ele acreditou que a vida é dinâmica e está sempre mudando. Em geral, nosso entender contemporâneo de filosofia taoísta é uma mistura das idéias de Lao Tzu e Chuang Tzu.
Chuang Tzu acreditou que a vida é transitória e que a perseguição de riqueza e engrandecimento pessoal são coisas que vão distraí-lo, fazendo com que não veja e entenda o mundo, e que não consiga contemplar seu significado. Ele se esforçou para ver natureza com novos olhos.
Chuang Tzu sentia que era imperativo que nós transcendemos todas as dualidades da existência. Vendo o trabalho da Natureza e o modo com o qual ela reconciliou estes opostos polares, apontou para o Tao, onde todas as dualidades estão resolvidas em unidade.
“O universo é a unidade de todas as coisas. Se a pessoa reconhece a sua identidade com esta unidade, então as partes do seu corpo não terão mal nenhum e nem terá sujeira, e morte e vida, fim e começo, perturbação e tranqüilidade, não mais serão que a sucessão de dia e noite”.
“Sendo natural e simples, como os pássaros e as árvores, você florescerá e terá suas asas abertas no vasto céu”.
Seu método fala em seguir o fácil, pois o ego não sente atração pelo fácil. O difícil alimenta o ego, e o ego é a barreira que nos torna cegos, surdos, e que torna nossos corações difíceis de se abrir. É o ego que torna difícil o amar, dançar e cantar, pois pensamos sempre que podemos parecer ridículos, que não estamos ganhando nada ou que tem alguém lucrando com o que estamos fazendo!
O ser humano natural e autêntico procura e quer paz, amor; quer ser deixado em paz; quer liberdade para ser ele mesmo. A idéia de dominar os outros é criminosa!
Mestre Sérgio Silva
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